segunda-feira, 7 de março de 2011

Educação e Novas Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2007.

O Livro Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação, de Vani Moreira Kenski, aborda a relação existente entre educação e tecnologias, de forma interessante através de uma linguagem acessível que permite a todos a compreensão desta relação, principalmente aqueles que estão iniciando os estudos acerca do tema: Tecnologias.

Dividido em seis capítulos, o livro destaca os avanços tecnológicos que estão ocorrendo na sociedade ao longo dos tempos, além dos seus reflexos na educação e seus impactos principalmente na relação entre o ensinar e o aprender, entre professor e aluno.

No primeiro capítulo Kenski situa as relações entre os avanços tecnológicos e as alterações decorrentes da intensificação de seus usos nas sociedades em diferentes épocas. Através das descobertas tecnológicas propiciadas pelo domínio de informações e dos fenômenos da natureza a espécie humana garante a sua supremacia em relação aos demais, e esta tecnologia que foi utilizada como mecanismo de defesa, passa em pouco tempo a ser criada para o ataque e a dominação. Segundo a autora as tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana, e tecnologia significa poder.

Ao definir tecnologias, como conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização e um equipamento e um determinado tipo de atividade, a autora diferencia de técnica que considera como as maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo de tecnologia, para executar ou fazer algo. Porém ao se falar de novas tecnologias na atualidade refere-se aos processos e produtos relacionados com conhecimento provenientes da eletrônica, microeletrônica e telecomunicações, caracterizam-se por serem evolutiva, pois estão em permanentes transformações.

Kenski, ressalta que tecnologias não são só máquinas, mas como trata alguns autores “tecnologia de inteligência”, que está relacionada a linguagem oral forma mais antiga de expressão; linguagem escrita onde há necessidade de compreensão do que está sendo comunicado graficamente e a linguagem digital articulada com as tecnologias eletrônicas de informação e comunicação, baseada no acesso através dos computadores, das redes, impõe mudanças radicais às formas de acesso às informações, à cultura e ao entretenimento.

As tecnologias digitais, considerada pela autora como nova lógica tecnológica, surgida com o intensivo uso da internet, permite mudanças nas relações políticas, econômicas, financeiras, culturais e educacionais em todo o mundo. Sendo proporcionado novas formas de pensar, sentir, agir as mudanças, no acesso e no processamento de informações com o uso de computadores ligados em redes.

A autora afirma que tecnologia e educação são indissociáveis, pois utiliza-se a educação para ensinar sobre tecnologias e é feito uso da tecnologia para ensinar as bases da aeducação, porém para que ocorra essa interação é preciso que conhecimentos, hábitos, atitudes e comportamentos de grupos sejam ensinados e aprendidos.

No livro a autora defende sua idéia de que as tecnologias sozinhas não educam ninguém, e que apesar de ser essencial a educação muitas vezes pode levar a projetos pouco eficazes e chatos, ao desenvolvimento de aulas que utilizam as tecnologias, como no caso da exibição de um vídeo apenas para preencher uma lacuna da aula, sem estabelecer link com o conteúdo que foi trabalhado anteriormente. A autora ressalta a necessidade de construção de novas estruturas educativas que não sejam tradicionais, a dita formação fechada. O novo modelo de escola deve aceitar o desafio de mudança no atendimento de formação e treinamento em novas bases, acabando com o isolamento da escola e a colocando em permanente situação de diálogo e cooperação com as demais instâncias da sociedade. É preciso formação específica para o uso pedagógico do computador.

A escola precisa garantir aos alunos-cidadãos a formação e a aquisição de novas habilidades, atitudes e valores, desta forma, a parcela da sociedade que está fora dessa nova realidade tecnológica, vive em estado permanente de dominação e subserviência. Neste sentido, a relação entre educação e tecnologias de comunicação e informação devem integrar escola e comunidade de forma que a educação mobilize a sociedade e as TICs e os ciberespaços ofereçam possibilidades de interação e participação social.

Por outro lado o uso das tecnologias digitais permite algo nunca visto antes, alunos, jovens e crianças, ensinando aos adultos a utilização de equipamentos tecnológicos, pois esses nativos digitais demonstram uma habilidade em lidar com as tecnologias, em razão de conviverem naturalmente com computadores.

Kenski traz exemplos de experiências com o uso das TICs em educação, propostas que mostram a criatividade e o dinamismo com que se pode fazer educação, pois é algo desafiador, afinal de contas muitas são as dificuldades e obstáculos encontrados por aqueles que desejam realizar novos projetos e significativos.

Afirma ainda a autora, que desde que as tecnologias de comunicação e informação começaram a se expandir pela sociedade, aconteceram muitas mudanças nas maneiras de ensinar e aprender. Prova disso é a expansão do ensino a distância, potencializado ainda mais com as TICs. Onde essas ampliam as possibilidades de ensino para além do curto e delimitado espaço de presença física de professores e alunos na mesma sala de aula. Ressalta que a grande revolução do ensino não se dá apenas pelo uso mais intensivo do computador e da internet , mas é necessário organização de experiências pedagógicas em que as TICs possam ser usadas em processos cooperativos de aprendizagem, valorizando o diálogo e participação de todos os envolvidos.

As tic exigem transformações não apenas nas teorias educacionais, mas na própria ação educativa e na forma como a escola e toda sociedade percebem sua função na atualidade. Desta forma, as tecnologias não devem ser vistas como apenas mais um modismo, mas com a relevância e o poder educacional transformador que possuem, é preciso que se reflita sobre o processo de ensino de maneia global.

Kenski propõe uma grande reformulação curricular. Criação de novas disciplinas e atividades, viabilização de projetos interdisciplinares e interinstitucionais , realização de cursos de aperfeiçoamento e atualização do corpo docente e administrativo, novas metodologias de ensino, novas perspectivas para ação de professores e alunos. Enfim,

a aprendizagem será mais significativa quanto maior for o grau de interação e comunicação entre os participantes do processo, para tanto a escola precisa estar atenta as mudanças que já ocorrem no movimento do cotidiano de professores e alunos nos por forçada relação com as tecnologias e mais do que estar atenta é necessário acordar para a incorporação desses movimentos, para não se tornarem estagnadas e obsoletas.

Na seqüência do último capítulo capítulos, a autora levanta algumas questões para reflexão e debates, de acordo com os temas abordados no livro, além de apresentar um glossário que possibilita ao leitor compreender alguns dos termos específicos utilizados ao longo do texto.

Como afirma a autora nas primeiras linhas, escreveu o livro pensando em jovens leitores, em seus professores e nos demais profissionais de diferentes áreas que se interessam pelo tema, tão atual, da relação entre educação e tecnologias.


Vani Moreira Kenski, é graduada em Pedagogia e Geografia pela UERJ, com mestrado pela Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisadora do CNPq e orientadora de teses e dissertações no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP).


Cleomar Alves Almeida da Silveira - Aluna do curso de Especialização em Tecnologias e Novas Educações pela UFBA.




quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Redes Sociais na Internet

Falar em redes sociais, é tratar sobre as relações existentes entre os indivíduos. Neste mundo contemporâneo ao título de redes sociais é acrescido da palavra internet, ficando portanto, Redes Sociais na Internet, onde as relações deixam de ser do tipo um a um para o tipo todos - todos, como traz Pierry Levy.
A cada momento que se passa esse tipo de interação, mediada pelo computador, passa a ser acessível por um número maior de pessoas que desenvolvem relações de diferentes modos, através de sites de redes sociais, a depender da relação estabelecida, estes sites, podem se tornar espaço para aprendizagem, produção e construção de conhecimento, mas com certeza é um espaço para comunicação.  

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tempo, tempo, tempo...

Com o passar do tempo as ideias e conceitos se transformam, desaparecem sendo substituida por outras novas, talves nem tão melhores, enfim as mudanças ocorrem queiramos ou não. 
A escola não deve ser prisioneira de concepções e atitudes que não cabem nessa atualidade, onde as informações, conhecimentos e saberes são produzidos/divulgados de forma veloz, graças as tecnologias digitais. Por esta razão penso que é importante o professor está familiarizado com essas novas ferramentas e dominar as habilidades que elas potencializam, uma vez que os nossos alunos estão totalmente envolvidos com as tecnologias digitais.
Não faz sentido a escola andar em marcha lenta se o momento exige dinamismo, pois nesse mundo complexo e veloz que a tecnologia gerou propõe novos desafios a prática do professor, em reelaborar estratégias que deem significado a aprendizagem do alunos que são os nativos digitais.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Virtualização e Atualização

     Peguei-me refletindo sobre os temos utilizados pelo profº André Lemos, virtualizar e atualizar, conceitos que se adequam a cibercultura, momento que traz a possibilidade de ampliar a leitura e produzir textos, conteúdos. Será que de fato realizo estas duas tarefas? Não demorei muito para encontrar a minha resposta e descobri que virtualizo (realizo leituras) muito mais que atualizo (produzo escrita - textos), pois estou aprendendo a atualizar as minhas ideias publicamente, (eis o sentido do blog). E publicar no mundo de hoje se torna algo muito comum, onde as redes socias, blogs e outros ganham espaço cada vez maior na vida das pessoas, possibilitam esta ação, pois o interessante é divulgar o que se produz. E eu estou começando a produzir mais atualizações. Não faria sentido estimular aos alunos a realizarem estas tarefas se eu não tenho tanta intimidade, porque diante deste contexto, é necessário que cada vez mais os alunos leiam e produzam textos, e principalemte problematizem as coisas, ou seja, indaguem, reflitam, investiguem, redescubram, uma vez que as fontes para ampliação do conheciemento são cada vez maiores e diversificadas, possibilitando uma leitura de mundo diferenciada.

sábado, 28 de agosto de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

CORPOS AMPUTADOS E PROTETIZADOS: "NATURALIZANDO" NOVAS FORMAS DE HABITAR O CORPO NA CONTEMPORANEIDADE

Luciana Laureano Paiva


A autora compara o corpo humano a uma superfície de inscrição de experiências vivenciadas, que ostenta as conuistas ao longo do tempos, onde estas marcas e conquistas podem ser interpretadas.

Diante das mudanças que ocorreram na vida, o corpo humano passa a ser rinventado transformado e analisado a partir de uma nova ótica, ou seja, a influência das transformações na vida, desencadeiam nos traçõs, nas impressões e vivencias trazidas no copo humano.

Faz uma analogia entre o corpo e a casa, pois afirma que cuidamos do nosso corpo da mesma forma como cuidamos da casa, através da limpeza dos cômodos, prevenção de invasões e assaltos, atuaização do que está ultrapassado e reformulado o que necessita de mudanças internas ou externas.

O texto também traz o resultado de uma pesquisa realizada com indivíduos de uma clínica de reablitação, e mostra que esses indivíduos enxergam-se "anormais" dianate da amputação de algum membro , tudo isto em razão desa sociedade que privilegia a eficiência e o dinamismo e principalmente a busca pela perfeição corporal.

Enfim, segundo a autora , as próteses para as pessoas que as utilizam acabaram transformando a imagem corporal que eles tinham de si, dando-lhes uma posibilidade de reescrever, marcar com novas impressões as histórias transmitidas através do corpo.  


PAIVA, Luciana Laurero. Corpos Amputados e Protetizados: "naturalizandos" novas formas de habitar o corpo na comtemporaneidade. In: COUTO, Edvaldo Souza & GORLLNER, Silvana Vilodre. (orgs) Corpos Mutantes: Ensaios sobre novas (d)eficiências corporais - 2ª Ed - Porto alegre: Editora da UFRGS, 2009.
OS PERCURSOS DO CORPO NA CULTURA CONTEMPORÂNEA
Malu Fontes


Neste texto, Malu Fontes, faz uma  análise das transformações em torno do corpo ao longo do século XX, e como o cenário geopolítico mundial influi nessas transformações, através de novos olhares nas representações deste corpo. 

O corpo canônico, tão buscado neste século como sinal de boa forma , beleza, saúde, mesmo que para isso tenha que ser submetido a procesos invasivos, em nome da forma ideal, conta com a influência midiática que explora contantemente e incentiva a busca dessa forma ideal.

Em contrapartida o corpo que não atende aos padrões impostos a ser seguido, é visto como dissonante, pois está distante da adequação a aparência perfeita, a não recorrência na alteração de sua forma inicial. O que caus estrenhesa nos outros, pela sua exibição natural sem nehuma transfomação.

Enfim, um texto que nos leva a reflexão a respeito da imposição midiática pelo corpo perfeito, a boa forma, como sinônimos de saúde e bem estar e na exclusão daqueles que muitas vezes não podem alterar o seus corpos.    


FONTES, Malu. Os percursos do corpo na cultura contemporânea. In: COUTO, Edvaldo Souza & GORLLNER, Silvana Vilodre. (orgs) Corpos Mutantes: Ensaios sobre novas (d)eficiências corporais - 2ª Ed - Porto alegre: Editora da UFRGS, 2009.